Tenho uma história para contar...

Guarda-rios (Alcedo atthis), Rio Corgo.

É como ter que rever periodicamente o magnífico "Finding Neverland", para me ajudar a lembrar que a criança que outrora fui, continua à espera de poder ser.
A fotografia é a magia que me devolve esse estado de graça que é ser-se criança, onde tudo é possível tudo está a distância de um sonho.
Passados quase nove meses de encubação desde o meu último post neste espaço, o que mudou? Muito e nada.
Entre finalizar a licenciatura, arranjar um trabalho de verão como fotógrafo/videografo de eventos sociais, ganhar o meu primeiro prémio de fotografia de natureza e começar a trabalhar na minha área de formação académica, pouco tempo restou para ser criança, passei muito tempo a sonhar com fotogramas de natureza, mas poucos se materializaram. Findo este período de intensa mudança, olho para trás com saudades do que ficou, mas com esperança do que está para vir.
O que não mudou e espero que não venha a mudar, é a vontade de fotografar e partilhar as imagens, a mensagem ambiental e as emoções por estão por trás de cada fotograma. Não mudou ainda a pouca disponibilidade que herdei com o trabalho a tempo inteiro como ecólogo, mas fica a promessa pessoal que essa disponibilidade será melhor projectada e gerida a partir de hoje.
Não deixa de ser um pouco irónico que os primeiros sinais de reconhecimento do meu trabalho fotográfico tenham começado a surgir numa fase em que pouco disparei contra, não perdão, a favor da natureza.
Recentemente foi-me dada a oportunidade de revelar numa entrevista à Fotodigital quem sou e o que me move, razão mais do que suficiente para me encher de novo os pulmões com ar fresco e renovada esperança que, talvez, um dia o meu trabalho consiga chegar a um publico mais amplo. Afinal para que faço fotografia, será para mim, para mostrar aos meus amigos e família, como passatempo? Em retrospectiva qualquer uma das hipóteses é válida e mais do que suficiente, mas talvez incipiente e despida de propósito. Para quê fazer fotografia de natureza se não tiver como objectivo mostrar ao maior número de pessoas possível o que tento captar e a mensagem que tento fazer chegar? Deixo-vos por fim com a foto que me valeu o primeiro prémio no concurso dos Amigos do Caster – Ambiente Imagens Dispersas de 2009, é uma foto com mais uma história a merecer que a conte, mas essa... essa fica para outro dia, que agora vou acabar um relatório!

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